Na semana passada, o ChessBase News divulgou a matéria Las trampas están en auge, traduzida para o espanhol a partir de um texto do editor executivo da Chess Magazine. Recentemente em um torneio, suspeitou-se que um jogador estava trapaceando pelo fato de ter ido ao banheiro 20 vezes durante um jogo. Seu adversário o seguiu e entrou na cabine ao lado para ver o que estava acontecendo. E não é que o cara pegou seu adversário com um dispositivo portátil? Isso aconteceu na Irlanda, mas pode acontecer em qualquer lugar ou nesse exato momento.
Por: Malcolm Pein
Em seu brilhante livro publicado em 1977, How to Cheat a Chess, Bill Hartston escreveu algo como: “Se Deus quisesse que não analisássemos os nossos jogos no banheiro com aparelhos eletrônicos, não teria nos dado papel para tomar as notas”. Há 40 anos, as trapaças poderiam ser piada. Mas hoje era eletrônica já não são mais.
Porém, é necessário agir antes que se torne uma epidemia com brigas sérias, publicidade negativa ou um desânimo geral até chegarmos a um ponto em que cada vez que houver uma vitória especial, as pessoas dirão que o jogador em questão usou alguma engine.
Hoje, com telefones celulares que possuem programas que lhes permitem jogar xadrez em um nível de ELO 2400, a tentação de escapar um momento para verificar rapidamente algumas linhas se torna muito grande.
Recentemente, no Cork Open, Gabriel Mirza chegou a suspeitar de seu jovem adversário que tinha saído da sala para ir ao banheiro “pelo menos 20 vezes” durante o jogo. Não que eu recomendo a todos a fazer o que ele fez, mas é o que os jornais disseram sobre o assunto:
“O cara saía da sala à cada lance. Fui várias vezes no lugar onde seus amigos estavam jogando, mas meu adversário não estava lá. Fui para o banheiro e vi que apenas uma das cabines estava ocupada. Entrei na cabine ao lado, escalei a parede e olhei para ver o que estava acontecendo. Para minha surpresa, era ele, meu rival, e estava analisando os movimentos com seu Android fofoqueiro. “
Neste momento, tirou seu adversário à força da cabine e houve uma luta. Obviamente, eu não posso dizer exatamente o que aconteceu, mas o Sr. Mirza nega ter atacado o outro e tudo pode acabar no tribunal. O organizador do torneio, Gerry Graham, expulsou os dois jogadores do torneio: Mirza por sua reação e o menino por ter trapaceado. Para ser honesto, eu não sei como reagiria nessa situação, mas também é verdade que se ele atacou o jovem não há desculpa para isso.
Recentemente, na Inglaterra um jovem jogador trapaceou e foi expulso do torneio. Tem sido noticiados outros incidentes também envolvendo adultos. A FIDE tem sido incapaz de tomar uma decisão. É patético, mas não surpreendente. Portanto, eu acho que o ECF deve tomar cuidado com a questão e propor medidas disciplinares que poderão ser implementadas na Inglaterra e, se outras federações concordarem, também no resto do Reino Unido.
Graças ao Professor Ken Regan e outros, podemos encontrar casos em que foi utilizado um computador ou quando é muito provável que isso tenha acontecido. Isto, combinado com a classificação ELO do jogador, permite ao árbitro julgar com uma probabilidade muito elevada, se este jogador tem trapaceado ou não. Portanto, eu gostaria os diretores do ECF proponham algumas duras penas para serem aplicadas nestes casos. Espero que possamos abrir uma discussão sobre isso, mas meu instinto me diz algo como:
- No caso de um juvenil: suspensão de um ano, e se repetir o comportamento, cinco anos de suspensão.
- No caso de um adulto: cinco anos de suspensão, e se repetir o comportamento, ser banido.
Este post foi escrito a partir deste texto.
Por Ellen Giese